Estás aqui...

Ah! Achei-te estas como te deixei, não perdeste as cores, as letras, a tua expressividade, ou melhor, a minha expressividade e sentimentos escritos em ti. Estás aqui, sempre aqui. Desculpa, não ter vindo mais cedo, a vida não me deixa dar-te atenção. A correria, o tão rotineiro dia, que parece a escadaria de um calabouço, que não tem fim, que nos deixa exaustos.
Não consegui vir mais cedo, perdoa-me, eu corri mas o comboio desapareceu por entre as lágrimas que me escorriam da face. Naquela estação tão vazia, só queria que la tivesses estado para veres como foi, o silêncio tinha-se instalado, o relógio acabava de mudar para as 2:17 da manhã, tinha o corpo gelado e apenas duas camisolas.
O único som que ouvia era o camião do lixo, e ecoava bem longe como um zumbido.
Caminhei por aquela linha férrea, uma caminhada interminável, fiz-te esperar demais ate, desculpa. Aquela linha não acabava, os pés já me doíam, aquelas pedras não me davam descanso, depois de 3 tropeços acabei por cair e fiquei ali, estatelado no chão, a contemplar o céu, nem mesmo o joelho ferido conseguia afastar de mim aquela paz de alma, fechei os olhos...
Não sei o que aconteceu, sei que estou aqui... Aqui contigo outra vez.. A escrever o que vai na minha cabeça, alma ou coração a exprimir as minhas ideias..

Desculpa blogue, sei que estiveste sempre aqui : P